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Apresentação

Falarei sobre a vida, sobre curiosidades, mas especialmente sobre as aventuras sexuais que aconteceram ao longo dos anos. Todas elas são histórias reais que podem, ou não, ter sido protagonizadas por mim. Vivemos num mundo maravilhosamente hipócrita. Ao longo da vida vi homens e mulheres, agirem como senhores da "moral e dos bons costumes" e eram precisamente esses, que mais tarde ou mais cedo, seriam apanhados com as calças nas mãos. As histórias vão enchendo a nossa vida. Partilho contigo algumas das que não quero esquecer, para que perdurem quando surgir o Alzheimer. E sim o título do Blogue é uma referência a um livro de crónicas de um escritor que admiro, Charles Bukowski. “Some people never go crazy. What truly horrible lives they must lead.” Bukowski

Almas Arruinadas

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Imagem de StockSnap por Pixabay Sempre a mesma merda, outra vez no caralho da playstation. Passa horas naquilo. E Sandra chora na cama. O telemóvel vibra com as mensagens de conforto da amiga. É uma boa amiga. Afinal, conhece profundamente o que ela passou. Ajudou-a quando os amigos deixaram de a visitar, no tal ano em que teve de parar com a escola. Parecia um cadáver vivo mas Mariana não a deixou.   Esteve sempre. E agora está outra vez. De um momento para o outro, Sandra arrisca recair. E isso significa ser internada novamente, deixar tudo, outra vez. Mariana também sabe que ela anda a foder o Miguel às escondidas. Não a condena. Afinal aquele palhaço do namorado, não vive sem o computador e as consolas e os Mangas e mais o caralho que o foda. “Larga esse triste!” E as mensagens caem. Sandra sabe que o devia largar, mas agora tem Algo. Nunca teve nada. Não teve pais, não teve saúde, não teve quarto e certamente não teve a Sua própria vida. Ago...

A Atriz

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Esta é uma história real entre mim e uma atriz conhecida em Portugal. Para preservar a sua identidade recorri a um nome fictício - Beatriz Imagem de Fernando Gimenez por Pixabay O caralho do aeroporto estava à pinha.   Procurei um sítio reservado e abanquei algures entre duas filas de cadeiras, frente a frente. Passados uns minutos ela e a mãe sentaram-se a três lugares de mim, no lado oposto. Ela olhou, parecia que ia dizer alguma coisa, mas ficou calada.   Que corpo! Sabia que era atriz porque aparecia em todo o lado- Tv, revistas, redes sociais...  Não costumo ver telenovelas, por ser perda de tempo, com aqueles guiões à procura do conflito barato, diálogos artificiais e uma porção de atores de merda. Mas lá estava ela, a famosa que me queria dizer alguma coisa. -- Desculpe, sabe qual é a porta de embarque para Lisboa? - Foda-se. Tanta hesitação para uma pergunta destas. -- A53. - Respondi. A informação estava em todos os filhos da p...